O uso da tecnologia em muitos mercados tem o objetivo de facilitar o cotidiano da população. E isso também acontece na contratação de serviços e produtos financeiros. Dessa maneira, inovações como o open insurance podem revolucionar o setor nacional de seguros.
Esse novo sistema está ligado a um processo de renovação do mercado a partir do uso de ferramentas tecnológicas. Nesse sentido, junto do open finance, ele pode trazer praticidade para o dia a dia dos consumidores.
Mas, você sabe o que é o open insurance? Neste artigo, você entenderá o que é esse sistema, quais são os objetivos da sua implementação e seus efeitos no mercado brasileiro.
Aproveite a leitura!
O que é open insurance?
Antes de falar sobre o open insurance, é interessante lembrar a ideia por trás do open finance. Afinal, embora ambos não representem o mesmo processo, eles compartilham propósitos similares — e fazem parte do mesmo ecossistema de inovação do mercado.
O open finance consiste na implementação do sistema financeiro aberto. Ele representa um instrumento de integração entre instituições financeiras brasileiras para facilitar o compartilhamento de dados transacionais dos clientes.
Dessa maneira, o consumidor terá facilidade para comparar e contratar produtos e serviços financeiros. Isso será possível porque ele poderá apresentar informações sobre seu histórico para novas instituições e viabilizar melhores condições de negócio — enfrentando menos burocracias no processo.
Essas mudanças começaram em 2020 e o sistema ainda era conhecido apenas como open banking. Contudo, instituições de outros setores do mercado financeiro foram incluídas e o mecanismo passou a ser chamado de open finance.
Assim, o open insurance se inspira nas inovações que o sistema financeiro aberto traz para o cotidiano do brasileiro. No entanto, como o nome sugere, o seu foco está nas organizações nacionais que operam no mercado de seguros e Previdência.
A ideia por trás do mecanismo parte do preceito de que os dados transacionais são propriedades dos clientes. Portanto, eles podem decidir quem poderá acessá-los e por quanto tempo essas informações ficarão disponíveis.
A responsável pela criação e implementação do open insurance é a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Logo, todas as organizações que são autorizadas e credenciadas por ela têm a oportunidade de integrar o sistema.
Quais são os seus objetivos?
Como você viu, o open insurance é um instrumento de integração do mercado de seguros no Brasil. Nesse sentido, um dos seus principais objetivos é facilitar a contração de produtos e serviços para os clientes.
Para entender melhor, imagine que você busca contratar um novo seguro de vida. Entretanto, as condições que a instituição em que você é cliente apresentou não são as melhores para o seu planejamento financeiro.
Com o open insurance você poderá compartilhar seu histórico com outra organização que ofereça esses serviços de forma mais prática. Recebendo nesses dados, ela poderá apresentar condições personalizadas para o seu perfil.
Além disso, o open insurance tem o objetivo de contribuir para a modernização do setor. Afinal, com essa facilidade na contratação de novos serviços, existe a expectativa de que as instituições possam se atualizar e apresentar novidades para manter a competitividade.
Vale destacar que a partilha dos dados acontece apenas com o consentimento dos clientes. Eles determinarão quais serão as informações que a instituição poderá acessar, o período no qual elas ficarão disponíveis e qual é o propósito do compartilhamento.
Como o open insurance funciona?
Agora que você entendeu mais sobre o open insurance, precisa saber como ele funcionará. Como vimos, a Susep é a responsável por estruturar o sistema e organizar sua implementação — que teve início em dezembro de 2021.
A fase 1 do sistema ficou conhecida como open data e o foco dela eram as organizações que atuam com seguros e Previdência. O objetivo é que essas instituições pudessem compartilhar entre si informações sobre seus produtos e canais de atendimento.
A partir da fase 2, o público já podia cadastrar dados no sistema que ela criou. Por fim, a implementação da fase 3 permite que os clientes comparem e contratem serviços por meio do open insurance. Essas mudanças acontecem ao longo de 2022.
A integração é feita por meio das application programming interfaces (APIs). Esses mecanismos possibilitam que dois softwares diferentes possam interagir. Por isso é tão importante que as instituições padronizem o compartilhamento das informações.
Vale saber, ainda, que o acesso aos dados dos clientes é feito de acordo com o que prevê a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Dessa forma, os consumidores contam com mais essa camada de segurança para o compartilhamento.
Ademais, a própria Susep criou uma estrutura de governança para o funcionamento do sistema. Assim, ela poderá monitorar o open insurance e garantir segurança para os clientes e instituições.
Quais são os seus efeitos no mercado brasileiro?
A implementação do open insurance colabora para o fortalecimento do mercado brasileiro de seguros. Afinal, ele garante mais poder de decisão para o público consumidor e, assim, gera uma maior concorrência entre as empresas atuantes.
Além disso, o sistema possibilita que o setor possa se atualizar com os avanços tecnológicos do mercado. Dessa forma, essas organizações serão capazes de se adequar às tendências mais rapidamente e apresentar novas soluções para o público.
O open insurance também cumprirá um papel central na redução de burocracias nesse mercado. Isso acontece porque os clientes poderão comparar serviços e adquirir aquele que o agrada com mais rapidez.
Por que o investidor precisa conhecer o open insurance?
Agora que você sabe mais sobre o open insurance, é hora de entender que esse mecanismo pode ser vantajoso para investidores. E isso vai além de encontrar melhores condições nos seguros e Previdência Privada — o que pode ajudar no processo de blindagem e sucessão patrimonial.
Como haverá uma maior competitividade no mercado e a oferta de novos serviços, é possível que as empresas que atuam no setor se valorizem. Portanto, você pode fazer análises fundamentalistas para encontrar alternativas de ações para sua carteira, por exemplo.
Como vimos, o open insurance é responsável por mudanças no mercado brasileiro de seguros e Previdência. Portanto, agora que você conheceu mais sobre esses detalhes, é possível avaliar se essa inovação pode ser uma oportunidade para seus investimentos e para o seu patrimônio.
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