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Investimentos e Taxa de Câmbio: Desvendando a Relação Financeira

Muita gente já ouviu falar de taxa de câmbio e confunde taxa de câmbio com taxa Selic. Se todo esse papo de taxas sempre pareceu um emaranhado confuso de conceitos, não se preocupe mais. Neste post, vamos explicar o que é, afinal, a taxa de câmbio e como ela pode influenciar diretamente os investimentos.

A taxa de câmbio é o valor da moeda de uma nação em relação ao valor da moeda de outro país. Toda vez que os jornais informam que certa moeda equivale, naquele dia, a determinada quantidade de dólares, é da taxa de câmbio que estão falando.

Com números, fica mais fácil entender. Vamos supor que um dólar seja capaz de comprar quatro reais. A taxa de câmbio no momento, portanto, é de R$ 4,00/US$ 1, mas é preciso ter em mente que a cotação oscila frequentemente, por diversos fatores.

Algumas das moedas mais negociadas e valorizadas no país são o dólar americano, o euro, a libra esterlina e o iene japonês. A libra esterlina, oficial do Reino Unido, é a mais valorizada em relação ao nosso real. Vamos agora conhecer outros fatos relevantes sobre a taxa de câmbio.

Por que o câmbio é importante?

O câmbio tem papel decisivo no nosso cotidiano e na nossa economia. A indústria utiliza muitos insumos importados, e a oscilação entre as moedas influencia diretamente na inflação e nos preços praticados por aqui.

Do mesmo modo, a capacidade do governo federal para gerir suas obrigações fiscais também impacta nos nossos investimentos. Intervenções governamentais em grande escala desequilibram o mercado e o câmbio, desvalorizando o real e fazendo a nossa moeda perder poder de compra em relação às demais.

Algumas aplicações sofrem mais com um cenário de câmbio instável, como as aplicações em ativos atrelados ao câmbio ou com risco de câmbio como posições no mercado internacional.

Algumas aplicações em renda fixa podem sofrer quando o dólar, por exemplo, se torna caro demais e faz com que o banco central necessite elevar as taxas de juros o que pode gerar uma desvalorização no preço dos títulos de aplicações pré-fixadas.

Como o cálculo é desenvolvido?

Essa conta depende das relações entre as diversas moedas nacionais. O que faz a economia de um país robusta ou fraca em relação às outras não é a oscilação pontual, que sempre vai ocorrer. A moeda é o retrato da economia e da confiança que existe em uma nação, então sua força depende da condição econômica geral do país.

Cotações pontuais vêm e vão. O euro já foi mais desvalorizado que o dólar, por exemplo, o que não ocorre hoje. Quando o Plano Real foi desenvolvido, em 1994, um dólar equivalia a um real, muito diferente da situação atual.

Portanto, moedas desvalorizadas são atrativas para investidores estrangeiros, que podem adquirir títulos nacionais e aguardar a sua valorização. Do mesmo modo, os investidores brasileiros podem se beneficiar do fluxo de oscilações das moedas de outros países.

Quais são os regimes cambiais?

Quando a taxa de câmbio é, na maioria das vezes, definida pela lei do mercado de oferta e procura, o câmbio é chamado de flutuante. Já o câmbio fixo é determinado pelo governo quando ele fixa uma paridade para o valor da moeda.

Em um país regido pelo câmbio flutuante, o preço da moeda estrangeira sobe em uma situação em que os investidores estrangeiros retiram suas aplicações do país, depreciando a moeda local. Tal condição não ocorre no regime de câmbio fixo, já que o governo, por meio do Banco Central, se compromete com a paridade, nações economicamente desenvolvidas adotam o regime flutuante.

Há uma espécie de mistura entre os dois sistemas, conhecida como flutuação suja. Nesse cenário, o governo federal permite a flutuação, mas intervém quando o câmbio oscila demais para cima ou para baixo.

Moeda em valor alto é bom para todo mundo?

Não necessariamente. Suponhamos que o valor do dólar esteja particularmente baixo em relação ao real. Para quem quer apenas viajar, a ideia de ir para uma localidade com moeda desvalorizada é bastante atraente. As empresas que dependem de importação comemoram quando o valor do dólar cai, pois, seus custos caem junto, já as exportadoras não ficam satisfeitas pois suas receitas diminuem uma vez que vendem em dólar. É necessário que haja um equilíbrio.

Contudo, não funciona assim para todo investidor que investiu em dólar baixo. Quem investe em moeda quer sempre comprá-la por um valor reduzido para posteriormente vender a um preço mais elevado. Se o valor continua baixo por um bom tempo após a aquisição, o investimento não se justifica.

E os fundos cambiais?

Agora podemos mencionar um exemplo prático de como investir em câmbio, em operações que envolvem trocas de moedas nacionais por estrangeiras. Os investimentos em moedas estrangeiras são formas eficientes de proteção cambial.

Os chamados fundos cambiais têm como objetivo a alocação de seus recursos em títulos relacionados à variação de valor de moedas estrangeiras. Os fundos atrelados ao dólar são bastante utilizados na composição de uma carteira de investimentos, já que as variações do dólar costumam influenciar a economia global. Para operar com títulos cambiais, o primeiro passo é procurar uma boa instituição financeira para tirar todas as suas dúvidas.

Como se pode perceber neste texto, taxa de câmbio e investimentos são indissociáveis. É interessante notar que um pode influenciar o outro. O câmbio é regulado pela força das moedas nacionais, e o nível e o tipo de investimento dependem do estado econômico de um país.

Antes de julgar que entende tudo de câmbio e já pode entrar de cabeça nos investimentos, reveja e, caso precise, organize suas condições financeiras. O estudo da teoria é importante, mas manter a saúde do próprio dinheiro em dia é essencial.

Gostou das informações contidas no texto? Está interessado nas implicações da taxa de câmbio e seus impactos nos investimentos em geral? Então, entre em contato conosco e tire as suas dúvidas!

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