Você tem uma renda extra na poupança, mas não está satisfeito com a atual rentabilidade? Saia da zona de conforto! Ao aplicar no Tesouro Direto, dá para aumentar seu patrimônio mesmo com pouca experiência no mercado financeiro.
O Tesouro Direto é um título emitido pelo governo para conseguir recursos e quitar as despesas. Foi criado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) com participação da BM&F Bovespa, com a finalidade de atrair pequenos e grandes investidores.
Esse instrumento tornou-se muito atrativo devido às seguintes características: é negociado por meio da internet de forma fácil, o valor mínimo de investimento é de R$ 30, tem baixo risco e rendimentos históricos maiores do que a poupança. Quer saber como funciona o Tesouro Direto? Confira este texto que preparamos!
Conheça o Tesouro Direto
Aplicar no Tesouro é fazer um empréstimo para o governo. Você compra um ativo emitido pelo Governo Federal que vai garantir o mesmo valor pago acrescido de uma taxa em uma data futura predeterminada.
Mas que taxa é essa? Como é acordada? Esse valor é uma recompensa pelo empréstimo e as regras vão variar de acordo com o tipo de título escolhido. Conforme mostraremos a seguir, existem três opções de escolha:
Tesouro Prefixado
Se você tem medo das alternâncias do mercado, esse é o investimento ideal. Nela, o investidor é informado na ocasião da compra do valor que vai receber se esperar até a data do vencimento para resgatar o título.
Essa opção tem uma taxa fixa predeterminada, portanto, você pode utilizá-la para garantir esse valor de retorno na data futura. É muito utilizada no curto prazo por quem precisa atingir certo valor na data de vencimento para amortizar uma dívida, por exemplo.
Há duas variações desse título: O Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com juros semestrais. A grande diferença entre eles, como o próprio nome já diz, é a assiduidade da remuneração. Enquanto um paga apenas no vencimento, o outro realiza pagamentos semestrais dos juros.
Tesouro SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia)
Esse ativo é caracterizado por ter um rendimento pós-fixado, ou seja, ele é valorado de acordo com um índice. Neste caso, a taxa SELIC Over. Quem aplica nesse papel não sabe no momento da compra quanto vai resgatar na data do vencimento, pois isso dependerá da variação da taxa SELIC Over.
A taxa média é ponderada das operações realizadas no sistema SELIC durante um dia, estabelecida pelo mercado baseada nas negociações internas. Portanto, o ativo vai valorizar caso a SELIC aumente após você o ter comprado.
Tradicionalmente, tem baixa volatilidade e, por isso, a rentabilidade se inclina para ser menor do que a de outros títulos públicos. Por ser considerado o mais conservador e ter agilidade no resgate, é indicado para iniciantes e para a constituição de fundos de emergência.
Vale ressaltar que o Tesouro Selic é atrelado à SELIC Over e não à SELIC Meta. Mas qual a diferença entre as duas? A taxa SELIC Over é calculada diariamente e o mercado quem a define. Já a taxa SELIC Meta é definida pelo Banco Central durante as reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM) para controlar a inflação e o crédito.
Tesouro IPCA
Podemos considerar esse ativo como um instrumento híbrido, pois tem uma taxa prefixada e uma taxa pós-fixada. A prefixada é acordada no momento da compra e a pós-fixada é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O IPCA é a inflação do país.
Essa parte pós-fixada é o grande atrativo desse título, pois é o único que garante a você um rendimento real positivo. Em outras palavras, ele garante o valor da inflação e acrescenta a taxa de retorno acordada para manter o poder de compra do investimento.
Nos outros dois papéis você precisa se preocupar com a variação da inflação no tempo. Não adiantará ter um bom retorno se a inflação estiver muito alta e corroer grande parte dessa remuneração.
Outra característica desse documento é ter longos prazos de vencimento, o que, junto com a correção inflacionária, ajuda a ser muito utilizado para montar a aposentadoria. Ele pode ser perigoso no curto prazo devido as oscilações do mercado.
Digamos que você compre um título a R$ 100 e acorde um rendimento de R$ 10 ao ano, acima da inflação. Caso precise do dinheiro antes do vencimento e o juros de mercado tenha subido para 12%, precisará vender o título que rende R$ 10, que agora equivale a 12% para o mercado. Por meio de uma regra de três, podemos calcular que esse título terá um valor de R$ 83,30.
Quer começar a investir no Tesouro Direto agora que já conhece as variações? Veja abaixo algumas dicas que vão ajudar a dar início aos seus investimentos!
Cadastre-se em uma instituição financeira
O primeiro passo é escolher quem vai negociar a compra e a venda de títulos para você. Essas instituições são chamadas de agentes de custódia e têm autorização para realizar essas transações.
Pode ser o meu banco? Sim. Porém, provavelmente, o custo será mais alto do que em uma instituição financeira voltada para investimentos. Escolhido o seu representante, abra uma conta! Não se preocupe o método é simples e online.
Faça simulações de investimentos
Algumas instituições oferecem o serviço de simulação de investimento. Por meio desse serviço, você pode planejar suas aplicações e seus lucros ao variar os valores, os tipos de ativos e as datas de vencimento.
Antes de começar a investir, realize algumas simulações. Isso facilitará a sua escolha e lhe dará ciência dos valores movimentados.
Diversifique sua aplicação
Não coloque todo o seu dinheiro em apenas um tipo de investimento, pois assim você corre um risco maior de não atingir a rentabilidade esperada.
Quando escolhe mais de um tipo de documento para investir, você diminui as chances de ter uma remuneração abaixo da esperada ou uma perda muita grande. Se um tipo de papel for mal, o outro pode ir bem e diminuir o dano ou ir muito bem e superar esse dano e gerar o lucro esperado.
Agora que já conhece como funciona o tesouro direto, saiba que investir em títulos públicos ajuda o país a crescer e ainda faz o seu patrimônio aumentar. Mas cuidado com o planejamento e a organização em relação ao tempo em que precisará desse dinheiro. Para o tesouro prefixado e o tesouro IPCA, retirar antes da data contratada pode haver perda de dinheiro. Mantenha o título até o vencimento para garantir o retorno.
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