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Como montar uma carteira de dividendos? Veja 4 passos!

Você já imaginou alocar o seu dinheiro em uma alternativa de investimento que tenha a possibilidade de pagar uma renda passiva recorrente? Esse é o objetivo de quem monta uma carteira com o foco no recebimento de dividendos.

Por meio dessa estratégia, é possível chegar a um momento em que você poderá viver exclusivamente de renda. Isso acontece quando o montante recebido com esse provento supera os seus gastos mensais. Mas, para chegar a esse estágio, você precisará aprender como estruturar o seu portfólio.

Se você tem interesse em investir com o intuito de receber renda passiva, veja neste artigo como montar uma carteira de dividendos em 4 passos.

Aproveite!

1. Conheça os investimentos que distribuem dividendos

O termo dividendos provém da palavra divisão. Logo, no mercado financeiro, os dividendos correspondem à divisão de uma fração dos lucros obtidos por empresas ou fundos de investimento em um determinado período entre os seus investidores.

Nesse sentido, nem todas as alternativas disponíveis para negociação no mercado contam com a distribuição desse provento. Portanto, para montar uma carteira com foco no recebimento de dividendos, é necessário conhecer quais são os ativos que proporcionam esse benefício.

Veja os 3 principais tipos de investimento que pagam dividendos!

Ações

As ações são alternativas de renda variável que podem ser negociadas na bolsa de valores. Elas são consideradas a menor parte negociável do capital social de uma sociedade anônima. Quanto maior a quantidade de ativos adquiridos, mais participação o investidor terá no negócio.

A lei das sociedades por ações obriga a distribuição de parte do lucro empresarial entre todos os acionistas do negócio, em cada período. Apesar dessa obrigatoriedade, cada organização pode definir o percentual e a periodicidade do pagamento.

No mercado acionário, você encontrará três principais tipos de ação. São elas:

  • ordinárias (ON): garantem o direito a voto nas decisões importantes da companhia;
  • preferenciais (PN): resguardam o direito à preferência no recebimento de dividendos;
  • units: correspondem a cestas compostas por ações ON e ações PN.

Você terá direito de receber os dividendos independentemente do tipo de papel adquirido. Porém, os detentores de ações preferenciais receberão esse provento antes dos demais e podem ter outros benefícios, como o direito a um percentual maior.

Nesse contexto, elas costumam ser mais procuradas por quem tem o interesse de investir para receber dividendos.

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários (FIIs) são modalidades de investimentos coletivos, montados a partir da comunhão de recursos de diversos investidores. Esse patrimônio é administrado por um gestor profissional, que monta um portfólio de investimentos.

Segundo a lei que autoriza o funcionamento desses veículos de investimento, os FIIs devem distribuir, no mínimo, 95% dos seus rendimentos entre os seus cotistas a cada semestre. Apesar disso, é comum que eles se organizem para uma distribuição mensal.

Os FIIs são divididos em 3 tipos, conforme as suas estratégias de investimento, a saber:

  • fundos de papel: investem em títulos de renda fixa voltados ao mercado imobiliário;
  • fundos de tijolo: podem comprar, vender e alugar imóveis físicos, distribuindo os seus ganhos;
  • fundos de fundos: adquirem cotas de outros FIIs para participar de seus resultados.

Fundos do agronegócio

Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagro) têm um funcionamento semelhante ao dos FIIs. Isto é, eles podem investir em títulos, imóveis físicos e até cotas de outros fundos, mas que estejam relacionados ao setor do agronegócio.

Destaca-se que, ao contrário do que acontece nos FIIs, os Fiagros não possuem a obrigação de distribuir dividendos. Dessa forma, o investidor que optar por essa alternativa precisa pesquisar quais são os veículos que pagam esse provento.

2. Diversifique a sua carteira de investimentos

Uma dica para aumentar as suas chances de recebimento de dividendos é diversificar a sua carteira de investimentos. Essa é uma estratégia que consiste em alocar o seu capital em mais de uma alternativa que pague dividendos.

Assim, você não dependerá apenas dos resultados de uma determinada empresa ou fundo para obtê-los. Destaca-se que eles somente serão obrigados a distribuir dividendos se houver a realização de lucros no período.

Caso contrário, o pagamento pode ser suspenso até que eles voltem a ter ganhos em suas atividades. Portanto, se você destinar todo o seu capital ao mesmo investimento, correrá a chance de ficar sem o provento, se ele apresentar resultados negativos.

Desse modo, dê preferência a investimentos descorrelacionados ou que tenham correlação negativa. Isso significa escolher opções que possam apresentar resultados diferentes diante do mesmo cenário econômico.

Essa estratégia equilibrará a relação entre risco e retorno do seu portfólio e amplia as chances de manter uma distribuição mais frequente de proventos.

3. Realize uma análise fundamentalista antes de investir

Quando se considera a montagem de uma carteira com foco em dividendos, a realização de uma análise fundamentalista é essencial. Ela consiste em uma estratégia em que o investidor avalia os fundamentos do negócio para entender mais sobre a sua situação financeira atual e potencial futuro.

Tenha em mente que as companhias ou fundos que apresentam bons indicadores econômicos, resultados constantes e consolidação no mercado têm mais chances de pagar dividendos. Dessa maneira, é fundamental conferir a saúde financeira do negócio ou fundo antes de investir nele.

Isso pode ser feito por meio de diversos indicadores fundamentalistas, como:

  • dividend yield (DY);
  • dividend payout (DP);
  • preço sobre o lucro (P/L);
  • preço sobre o valor patrimonial por ação (P/VPA);
  • lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda);
  • e muitos outros.

4. Considere a utilização de estratégias de médio a longo prazo

Em geral, quem tem planos de viver exclusivamente de renda não possui o capital necessário para fazer isso no curto prazo. Nesse contexto, esse é um objetivo que precisa ser construído ao longo do tempo.

Diante disso, é pertinente considerar a utilização de estratégias de médio a longo prazo. Entre elas, está o aprimoramento do seu controle financeiro de modo a fazer sobrar dinheiro para a realização de investimentos frequentes.

Também é interessante reinvestir os dividendos recebidos, visando potencializar o retorno dos próximos recebimentos. Lembre-se de que quanto mais ações ou cotas você tiver, maior será a sua participação na distribuição dos lucros.

Ademais, quando você investe considerando o médio e longo prazo, isso diminui o impacto da volatilidade na sua carteira. No curto prazo, as variações de preços de ativos na renda variável são mais intensas — aumentando as chances de você se deparar com prejuízos não calculados.

Ao adotar as 4 dicas que você viu neste artigo, será mais fácil montar uma carteira voltada ao recebimento de dividendos. Então conheça os investimentos que pagam dividendos, diversifique a sua carteira, realize a análise fundamentalista e use estratégias de médio a longo prazo.

Quer conhecer outras estratégias que podem ajudar você a montar uma carteira com foco em dividendos? Fale com um de nossos assessores de investimentos!

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