As oscilações dos investimentos, tanto na renda fixa quanto na renda variável, estão bastante ligadas à economia. Portanto, entender como funciona essa questão e as suas particularidades traz mais embasamento para as suas decisões em relação aos aportes.
Nesse sentido, você deve conhecer o conceito de macroeconomia. Essa área de estudos da ciência ligada à economia tem influência diária sobre a vida de investidores e de todos os cidadãos. Afinal, não são apenas os investimentos que sofrem os seus impactos.
Ficou interessado em conhecer o conceito de macroeconomia e sua importância para investidores? Então continue a leitura e aprenda as principais informações sobre esse assunto!
O que é macroeconomia?
A macroeconomia é um dos ramos de estudos da economia. Assim, ela forma um dos pilares dessa ciência, fundamental para o entendimento de movimentos monetários e de capital ao redor do mundo.
Nesse contexto, a macroeconomia pode ser entendida como uma base que estuda e observa movimentos econômicos de uma região ou um país como um fator único. Ou seja, é ela que demonstra como ocorrem políticas, medidas e situações econômicas em grande escala.
Assim, como o próprio nome sugere, ela se limita ao aspecto macro da economia, sem entrar em estudos sobre microeconomia. Por isso, a macroeconomia diz respeito à estrutura e ao desempenho agregado de uma economia regional ou nacional.
É possível dizer, no entanto, que ela trata de todos os aspectos microeconômicos de forma agregada. Ou seja, a macroeconomia não se restringe a observar essas tendências e estruturas separadamente. Na verdade, ela observa todos os fatores como um único organismo.
Para facilitar a compreensão, confira alguns temas que fazem parte da macroeconomia:
- Produto Interno Bruto (PIB);
- Inflação no país;
- Taxa básica de juros;
- Renda per capita;
- Taxa de desemprego;
- Política monetária.
Esses exemplos são questões relacionadas a um movimento econômico que atinge toda a população e estrutura de um país. Ademais, há meios de controlar, medir e planejar esses fatores — conforme as políticas e objetivos adotados por cada Governo.
Como surgiu esse conceito?
Uma informação importante a respeito da macroeconomia é o seu surgimento como um ramo de estudo e observação. De forma ampla, é possível dizer que ela começou a se desenvolver com a Revolução Clássica, que buscou suplantar o sistema mercantilista.
Ainda no século XVIII, economistas clássicos — como Adam Smith — desenvolveram o pensamento da ciência econômica e abriram espaço para a macroeconomia. Contudo, esse termo só foi utilizado literalmente na década de 30 do século XX.
Na época, a medida foi fruto dos estudos da grande depressão — que ocorreu, principalmente, em 1930 nos Estados Unidos. Nessa época, o economista John Maynard Keynes escreveu a obra Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda.
O autor utilizou o conceito de macroeconomia para demonstrar como políticas econômicas de relevância nacional poderiam ajudar a superar a crise e enfrentar outros problemas. Durante o século XX, o termo foi se atualizando e se adaptando por meio do estudo efetivo desse campo.
Como funciona a macroeconomia?
Como você percebeu, a macroeconomia é um conceito amplo, envolvendo diferentes áreas e nichos da economia de um país. Contudo, é possível dividi-la em estruturas que sustentam o estudo do cenário macroeconômico.
Conheça as principais:
Emprego
O emprego — ou trabalho — em questões macroeconômicas diz respeito à mão de obra disponível e utilizada em um país. Portanto, os estudos e medidas se concentram na taxa de desemprego, os salários médios e seus níveis.
Bens e serviços
Já o mercado de bens e serviços é estudado como a produção de uma economia de forma regional ou nacional. Então os setores não são estudados separadamente, sendo que a análise foca nos níveis de preços, indústrias e oferta de bens à população.
Moeda
A área monetária também é um dos pilares de estudos da macroeconomia. Ela tem diversas ramificações, tendo em vista que a oferta de moeda e as políticas dos Bancos Centrais influenciam outros elementos econômicos em grande escala.
Dessa maneira, a questão monetária pode ter reflexos na inflação, na taxa básica de juros, na capacidade de consumo da população e nos investimentos estrangeiros, por exemplo.
Títulos
Outro tema importante para a macroeconomia é o mercado de títulos públicos. Eles são utilizados para captar recursos para o Governo aplicar em diversas áreas. Assim, os títulos têm relação direta com a dívida pública interna e as suas consequências para a economia do país.
Comércio exterior
Por fim, é preciso considerar o comércio exterior — também conhecido como mercado de divisas. Afinal, com uma economia globalizada, esse aspecto é fundamental na macroeconomia para suprir demandas nacionais e estudar o volume de exportações e importações.
Qual a importância do conceito de macroeconomia para investidores?
Após conhecer todas essas informações sobre a macroeconomia, é preciso entender a sua importância para os investidores. Vale a pena saber que elementos macroeconômicos podem trazer movimentos de preços e rentabilidade para diversos aportes.
Em relação à renda fixa, o principal reflexo é a rentabilidade dos títulos oferecidos pelo Governo e por instituições privadas. Isso acontece porque muitos deles estão atrelados a indexadores como a inflação ou a taxa básica de juros.
Mesmo em títulos prefixados a rentabilidade pode ser delimitada considerando esses fatores. Desse modo, acompanhar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial — e a Selic — a taxa básica de juros brasileira — é essencial.
Já na renda variável, a macroeconomia pode gerar movimentos e oscilações de preços de maior relevância. Isso porque o mercado tende a se movimentar conforme o volume de negociações, influenciado pelo sentimento de investidores.
Logo, questões macroeconômicas, como uma queda de importações, podem diminuir a demanda por determinados ativos. Ademais, quando a Selic está alta, por exemplo, o custo de oportunidade relacionado ao investimento em renda variável se torna mais alto.
Afinal, os títulos atrelados à Selic podem se tornar mais atraentes e pode não parecer vantajoso assumir mais riscos na renda variável. Dessa forma, não deixe de considerar esses movimentos e entender como eles afetam sua estratégia.
Entendeu o conceito de macroeconomia e por que acompanhar esse fator ao pensar nos seus investimentos? Vale ressaltar que ela não deve ser a sua única base de informações para investir, então sempre faça uma avaliação de títulos e ativos considerando seu perfil e objetivos financeiros.
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