Todo tipo de investimento envolve algum nível de risco. Por isso, é fundamental considerar esse fator ao investir — tanto em renda fixa quanto em renda variável. Para tanto, você deve saber o que é gestão de risco.
Esse é um conhecimento bastante útil para quem se preocupa com a educação financeira e busca proteção para o seu patrimônio. Afinal, um gerenciamento de risco eficiente pode trazer mais tranquilidade para as suas finanças.
Neste artigo, você entenderá o que é gestão de risco e qual a importância dessa estratégia ao fazer seus investimentos. Não perca!
O que é gestão de risco e para que serve?
O conceito de gestão de risco está relacionado ao conjunto de estratégias usadas para identificar perigos existentes e buscar formas de mitigar seus efeitos. Logo, esse processo envolve uma análise inicial do nível de risco aceitável e em quais situações ele pode ocorrer
A partir disso, o gerenciamento envolve a elaboração de um plano, que pode servir tanto para evitar o aumento do nível de perigo quanto para reduzir os impactos na sua estratégia de alocação.
Vale saber que a gestão de riscos é comumente utilizada em um contexto empresarial. Nele, o gerenciamento envolve aspectos financeiros, operacionais, mercadológicos, estratégicos, entre outros. Contudo, o conceito também pode ser adotado na realização de investimentos.
Nesse caso, a gestão engloba a análise dos riscos que existem nas alternativas do mercado. Assim, o objetivo não é evitar ou acabar com todos os riscos, pois essa possibilidade não é viável. Por outro lado, a gestão de riscos permite planejar a composição do patrimônio e reduzir os perigos na medida do possível.
Qual é a importância da gestão de riscos ao investir?
Depois de aprender o que é a gestão de risco, é preciso entender por que você não deve desprezar essa questão. No momento de fazer seus investimentos, você não deve considerar apenas as características dos ativos e os resultados que podem ser obtidos.
É necessário considerar os riscos e manejá-los corretamente para ter uma carteira mais estável. Além disso, a estratégia serve para que você tenha consciência sobre as possibilidades do mercado e, assim, tome decisões melhores.
Ao conhecer os riscos dos investimentos, é possível comparar as alternativas disponíveis e escolher a que faz mais sentido para as suas necessidades ou expectativas, por exemplo. O gerenciamento dos riscos também é importante para reduzir as perdas financeiras.
Afinal, com uma análise completa sobre os riscos, há como mitigar parte deles ao fazer alocações estratégias e diversificando a carteira. A depender da situação, isso evita prejuízos no curto ou no longo prazo.
A gestão de riscos pode favorecer, até mesmo, o desempenho geral da sua carteira de investimentos. Essa também é uma forma de ter mais segurança na hora de investir e evitar alternativas que sejam muito arriscadas para o seu perfil ou objetivos.
Como fazer uma boa gestão de riscos dos investimentos?
Até aqui, você entendeu o que é, para que serve e qual a importância da gestão de risco nos investimentos. Agora, vale a pena saber como fazer um bom gerenciamento no momento de investir.
Confira:
Analise o seu perfil de investidor
O primeiro passo para fazer a gestão de riscos envolve conhecer o seu perfil de investidor. Ele indica qual é o seu nível de tolerância às possibilidades de perdas. Assim, você pode ser classificado como conservador, moderado ou arrojado, em ordem crescente de apetite ao risco.
Com essa definição, você poderá identificar com mais facilidade quais podem ser os investimentos mais adequados para atender às suas necessidades. Dessa forma, se torna possível evitar correr riscos excessivos ou se frustrar com o desempenho das alternativas do mercado financeiro.
Defina os seus objetivos financeiros
Uma boa gestão de riscos também envolve os seus objetivos pessoais e respectivos prazos. Para diluir os riscos, por exemplo, pode ser mais interessante selecionar investimentos menos seguros quando o foco for o longo prazo.
Afinal, os períodos maiores tendem a reduzir os impactos das oscilações de curto prazo. Já para planos de curto prazo ou objetivos que não toleram perdas (como a reserva de emergência), pode ser mais interessante priorizar alternativas mais seguras.
Conheça os tipos de risco nos investimentos
Além de definir seu perfil e objetivos, você deve conhecer os riscos associados aos investimentos. O risco de crédito, por exemplo, está relacionado à possibilidade de o pagamento não acontecer. Ao investir em um CDB (certificado de depósito interbancário), por exemplo, existe o risco de a instituição financeira emissora não conseguir pagar a dívida.
Já o risco de mercado está relacionado às variações na economia e nas negociações que podem resultar em perdas financeiras. Se você investe em ações, ele pode ser identificado pelas variações de preços que acontecem diante de acontecimentos e movimentações de outros investidores.
O risco de liquidez, por sua vez, envolve a maior dificuldade para resgatar o investimento e convertê-lo em dinheiro. Logo, é preciso identificar quais riscos estão mais presentes na sua carteira. Assim, há como ter uma visão geral do nível de segurança oferecido.
Busque informações sobre os investimentos
Outro ponto importante quando o assunto envolve a gestão de riscos é saber como cada investimento funciona. O objetivo é entender as particularidades das alternativas para avaliar se ela está alinhada aos seus interesses.
O investimento em renda fixa, por exemplo, se destaca pela previsibilidade dos ganhos. Alguns títulos têm a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), embora exista um limite para o reembolso. Porém, também existem aplicações sem cobertura, envolvendo riscos maiores.
Na renda variável, as ações, por exemplo, estão sujeitas à lei da oferta e demanda. Assim, seus preços variam de acordo com o maior ou menor interesse dos investidores e não há garantias de retorno.
Diversifique a carteira de investimentos
Para ter uma gestão de risco mais completa, é importante diversificar a carteira de investimentos. Além de escolher alternativas diferentes, você deve considerar a correlação entre elas. Nesse sentido, vale escolher ativos com comportamentos distintos.
Se a correlação é positiva, significa que os investimentos têm o mesmo comportamento diante de determinado cenário. Quando a correlação é negativa, eles seguem direções opostas. Se são descorrelacionados, não há relação entre os investimentos.
Dessa forma, uma carteira diversificada deve conter alternativas que não tenham correlação positiva. Assim, possíveis perdas em determinados investimentos poderão ser compensadas por ganhos em outros, ajudando a equilibrar o perfil de risco do portfólio.
Agora você sabe o que é gestão de risco e por que ela é importante. Dessa forma, fica mais fácil considerar um bom gerenciamento no momento de compor seu portfólio, garantindo que suas escolhas estejam alinhadas em relação às necessidades de segurança de cada investidor.
Se você se interessou em fazer a gestão de risco dos seus investimentos, mas restaram dúvidas sobre o assunto, entre em contato com nosso time de especialistas e tire suas dúvida através do formulário abaixo!