No momento de investir em um título de renda fixa, é fundamental compreender como funciona a lógica de rentabilidade dessa classe. Nesse sentido, vale a pena entender o que é um investimento pós-fixado.
Ainda que a rentabilidade não seja o único fator que você deve analisar antes de investir, conhecer as características desses títulos ajuda a avaliar se ele está alinhado com sua carteira. Logo, considerar essas informações ajuda a tomar uma decisão de investimento mais consciente.
Neste artigo, você entenderá o que é e como funciona um título pós-fixado. Continue a leitura e confira!
O que é renda fixa?
Quando se trata de títulos pós-fixados, é importante entender que esse conceito está relacionado à renda fixa. A principal característica dessa classe de investimentos é apresentar a lógica de rentabilidade ao investidor no momento da aplicação.
Assim, você saberá como o dinheiro renderá durante o período que ele estiver investido. Entre as possibilidades de rentabilidade dos títulos dessa classe, está a pós-fixada — que você conhecerá melhor a seguir.
O que é e como funciona um investimento pós-fixado?
Como você viu, a renda fixa pode oferecer rendimentos pós-fixados para os investidores. Nesse caso, o rendimento está atrelado a um índice de mercado. Os principais indicadores utilizados são a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
No segundo caso, é comum que o rendimento desses títulos seja apresentado na forma de porcentagem. Então você pode encontrar alternativas que pagam 90%, 100%, 110% ou 120% do CDI, por exemplo.
Portanto, o investimento acompanha as variações do índice e não é possível saber exatamente quanto o dinheiro renderá até o vencimento ou resgate. Contudo, você entenderá como o retorno será calculado.
Outras formas de rentabilidade
Além da lógica de rentabilidade pós-fixada, vale conhecer as taxas prefixadas e híbridas. Na primeira, o rendimento é determinado desde o início e o retorno é dado na forma de taxa de juros anual, como 10% ao ano.
Logo, o investidor consegue calcular qual valor será resgatado se mantiver o dinheiro investido até o vencimento do título. Já a rentabilidade híbrida combina as duas lógicas de remuneração apresentadas.
Embora os títulos híbridos também sejam considerados um tipo de pós-fixado, eles funcionam de maneira diferente. Nesse caso, parte do rendimento é apresentado com uma taxa prefixada e a outra parte é definida de forma pós-fixada.
Aqui, os títulos tendem a seguir a inflação, especialmente aquela calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Dessa forma, é possível ter um título atrelado ao IPCA mais 6% ao ano, por exemplo.
Isso garante que esses investimentos mantenham o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo. Afinal, se a aplicação for mantida até o vencimento, os ganhos serão sempre acima da inflação do período.
Quais são os principais investimentos pós-fixados do mercado?
Agora que você entendeu como se dá a rentabilidade dos investimentos de renda fixa, é interessante conhecer quais títulos dessa classe podem ter retorno pós-fixado. Eles podem ser tanto públicos (emitidos pelo Tesouro Nacional) quanto privados (emitidos por instituições financeiras e empresas).
Ao investir em títulos de renda fixa, você estará emprestando dinheiro ao emissor. Em troca, ele se compromete a devolver o valor aportado acrescidos dos juros combinados.
Nesse sentido, se você busca por investimentos com rentabilidade pós-fixada, poderá se interessar por:
- títulos do Tesouro Direto;
- fundos DI;
- certificados de depósito bancário (CDBs);
- letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA);
- debêntures;
- entre outros.
Quais são as vantagens e desvantagens dos títulos pós-fixados?
Além de aprender mais sobre as alternativas de títulos pós-fixados para investir, você pode se interessar em conhecer as vantagens e desvantagens desses investimentos. O principal benefício da alternativa é a possibilidade de ter um retorno que acompanha os índices econômicos do país.
A depender do cenário da economia e do título escolhido, sua rentabilidade poderá ser mais elevada — como em momentos de juros altos. Outra vantagem dessas aplicações é contar com a maior segurança da renda fixa.
Embora exista o risco de os emissores dos títulos não conseguirem fazer o pagamento das aplicações, existem alguns investimentos com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ele como um seguro contra a inadimplência. Títulos como CDBs, LCIs e LCAs contam com essa cobertura.
O pagamento é de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição, com teto global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos. Assim, mesmo que o emissor dessas aplicações entre em falência, você receberá o dinheiro investido somado à rentabilidade, até o limite estabelecido pelo FGC.
Em relação às desvantagens, a principal delas está relacionada aos períodos em que a economia do país está enfrentando problemas. Em um cenário de baixa nas taxas de juros, por exemplo, seus retornos podem ser menores. Contudo, é possível mitigar esse risco ao diversificar sua carteira de investimentos.
Quando investir em títulos pós-fixados?
Após conferir as principais características dos títulos pós-fixados, você pode se interessar por investir neles. No entanto, vale ter em mente que essa decisão é individual e deve estar pautada em seu perfil e objetivos.
Além disso, é interessante analisar as condições econômicas para entender quando pode ser mais vantajoso investir nessa alternativa. Como você aprendeu, os títulos pós-fixados tendem a ser mais afetados pelo aumento da taxa de juros no Brasil.
Logo, em períodos nos quais a taxa Selic está alta, a tendência é que essas aplicações também se valorizem e atraiam a atenção de mais investidores. Isso acontece tanto em títulos atrelados à Selic quanto a indicadores ligados a ela.
Afinal, a Selic é um dos principais indicadores do mercado financeiro. Como ela tem papel relevante na economia, essa taxa também influencia outros indicadores, como o CDI. Esse índice acompanha os movimentos da taxa básica de juros, ficando pouco abaixo dela.
Dessa forma, a rentabilidade de investimentos ligados ao CDI também pode cair ou subir ao longo do tempo. Portanto, é importante avaliar e considerar as oscilações dos índices de mercado antes de investir em um título pós-fixado.
Neste artigo, você entendeu o que é um investimento pós-fixado e conheceu suas principais características. Dessa forma, fica mais fácil analisar essa possibilidade e tomar decisões mais acertadas, além de avaliar o melhor momento para investir.
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