Você sabia que investir não é uma oportunidade exclusiva de pessoas físicas (PF)? Afinal, o mercado financeiro também possui alternativas de investimento para empresas. Essas possibilidades auxiliam as companhias que desejam rentabilizar o capital para alcançar metas ou proteger o patrimônio.
Ao mesmo tempo, as regras de investimento para pessoa jurídica (PJ) podem ser distintas. Portanto, vale a pena conhecer sobre as similaridades e divergências de investir como PJ e pessoa física. A partir disso, será possível escolher entre as alternativas do mercado conforme as necessidades do negócio.
Para esclarecer o tema, você descobrirá neste artigo por que o investimento para empresas é importante e conhecerá 4 alternativas para investir.
Confira!
5 Investimentos que podem ser aproveitados pelas empresas
O mercado financeiro oferece diversas oportunidades para quem busca rentabilizar o capital ou proteger o patrimônio. A seguir, veja 4 entre as principais alternativas que podem ser interessantes para empresas!
1. Certificado de depósito bancário (CDB)
O certificado de depósito bancário é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras. Assim, a função dele é captar recursos para os bancos, enquanto o investidor recebe o montante investido com acréscimo de juros no vencimento.
A rentabilidade desse tipo de investimento pode ser de diferentes tipos. Veja só
- prefixada: há uma taxa fixa de juros que permanece inalterada até o vencimento. Por exemplo, 14% ao ano;
- pós-fixada: é definida pelo desempenho do índice selecionado. É o caso de um CDB que rende uma porcentagem do Certificado de Depósito Interbancário (CDI);
- híbrida: é uma mistura de taxa pós-fixada e prefixada. Normalmente, o acompanhamento ocorre a partir de indicadores de inflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Como você viu, o retorno desse tipo de investimento é previsível. Dessa forma, essa aplicação de emissão bancária é uma alternativa para empresas que buscam menores riscos. Então a sugestão é analisar o perfil da companhia e verificar se a segurança do investimento é uma característica relevante.
Nessa análise, observe se existe carência para o resgate e qual é a liquidez. Logo, a empresa deve verificar se o CDB permite o resgate facilitado, caso necessário. Ainda, tenha em mente que, geralmente, quanto menor a liquidez, maior a rentabilidade.
Ademais, um fator que garante a proteção do dinheiro investido é a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Isso significa que existe o ressarcimento de R$ 250 mil por CNPJ e por instituição quando há a falência do emissor. Já o limite global é de R$ 1 milhão e ele é renovável a cada 4 anos.
Ainda, é preciso considerar a tributação desse investimento, já que há a incidência de Imposto de Renda (IR). Conforme a alíquota da tabela regressiva, a variação das alíquotas é de 22,5% até 15%, conforme o período de investimento do capital.
2. Fundos de investimento
Outra possibilidade para as empresas envolve os fundos de investimento. Eles são veículos financeiros coletivos, dos quais é possível participar pela aquisição de cotas. Além disso, um gestor profissional fica responsável por selecionar os investimentos e realizar as operações, conforme a estratégia.
Entre as possibilidades, há fundos de investimento de renda fixa, de renda variável e alternativas que mesclam oportunidades de ambas as classes. Além disso, a gestão profissional leva à cobrança de uma taxa de administração.
Um dos benefícios de investir em fundos é a praticidade e liquidez. Afinal, a empresa não precisará acompanhar o mercado ou tomar decisões sobre cada ativo, já que o gestor é responsável por realizar as operações.
Para exemplificar, pense em um fundo de ações. Como o próprio nome sugere, a prioridade é realizar investimentos relacionados a ações. Assim, o gestor focará em oportunidades relacionadas a esses papéis. Já os investidores poderão lucrar com a valorização do patrimônio do veículo — embora não existam garantias de resultados positivos.
Antes de investir em um fundo, entretanto, é preciso analisar informações como a estratégia de gestão, os riscos das operações realizadas e os custos, por exemplo. Dessa forma, a escolha será alinhada ao perfil financeiro da empresa.
3. Ações
Participar da bolsa de valores também pode ser uma alternativa para pessoa jurídica. Nesse caso, é possível investir em renda variável, cujas alternativas têm maior potencial de retorno. Por outro lado, os riscos são maiores devido à falta de previsibilidade sobre a volatilidade do mercado.
Entre as oportunidades da bolsa, é possível investir em ações, que representam pequenas partes do capital social da empresa. Quando a empresa compra esses papéis ela se torna uma sócia do negócio e pode obter ganhos com o bom desempenho da companhia.
Além de lucrar com a venda das ações por um preço maior que o de compra, é possível receber proventos. Entre eles estão os dividendos, que correspondem a uma parte dos lucros dividida pelas empresas emissoras das ações aos seus acionistas.
Após essas informações básicas, vale a pena ficar atento à tributação. Os ganhos obtidos com as operações comuns são tributados em 15%. Já o lucro de operações do tipo day trade sofre uma tributação de 20%.
4. Derivativos
Os derivativos são instrumentos financeiros que estão atrelados a um ativo de referência. Por causa disso, eles apresentam um risco mais elevado e não preveem a participação nos resultados de um negócio, por exemplo.
Ainda, os derivativos costumam prever a realização de operações no curto ou no curtíssimo prazo. Com isso, eles não são considerados investimentos, mas são alternativas do mercado financeiro que podem auxiliar a empresa.
No geral, os derivativos são negociados na bolsa de valores brasileira (B3) ou no mercado balcão. Entre as oportunidades, existem:
- contratos a termo;
- opções;
- contratos futuros;
- swaps;
- entre outros.
Dependendo dos objetivos da empresa é possível utilizá-los como uma estratégia de proteção de carteira, chamada de hedge. Desse modo, é possível proteger os recursos do negócio de determinadas variações, como o preço do dólar ou as ações da bolsa brasileira.
5. Compromissadas
As operações compromissadas são um tipo de investimento que lhe permite ganhar juros sobre o dinheiro que você empresta a bancos, empresas e outros financiadores.
Na prática, as operações compromissadas funcionam como os ativos de renda fixa, porém, o prazo de vencimento costuma ser bem mais curto.
A grande diferença para um ativo de renda fixa, é que não existe a cobrança de IOF no resgate. Assim, esse tipo de investimento é muito utilizado para a aplicação do caixa de curtíssimo prazo. Sendo uma excelente opção para a empresa que possui caixa disponível por menos de 30 dias.
As vantagens das operações compromissadas são muito mais atrativas do que as aplicações automáticas que geralmente os bancos oferecem para as empresas.
Quais as vantagens de investir como PJ?
Você já descobriu algumas alternativas de investimento para empresas. Agora, vale a pena entender quais são os benefícios de investir e um deles é a construção de patrimônio. Afinal, a rentabilidade obtida pode aumentar a segurança financeira, facilitar a gestão e impulsionar o crescimento da empresa.
O investimento de pessoa jurídica também pode ser utilizado para constituir uma reserva financeira para o negócio, fortalecer o fluxo de caixa e protege-lo da inflação. Ainda, é possível se proteger de certos movimentos do mercado, como a variação cambial, para reduzir os riscos e mitigar prejuízos.
Neste artigo, você conferiu 4 alternativas de investimento para empresas que podem ser adequadas aos negócios em diferentes situações. Assim, vale a pena analisar o perfil do negócio e os objetivos financeiros antes de aproveitar essas alternativas.
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