As bombas de combustível no Brasil estão prestes a refletir uma nova realidade, conforme os impostos federais voltam a incidir sobre a gasolina e o etanol a partir 30 de junho. O fim de uma Medida Provisória, aliado às revisões nas políticas de preços da Petrobras e mudanças no ICMS, promete mexer no bolso do consumidor. Vamos entender o que está em jogo.
O Retorno dos Impostos Federais
Depois de um breve período de alívio, o PIS e a Cofins voltam a ser cobrados sobre a gasolina e o etanol. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) estima um aumento de até R$ 0,34 por litro de gasolina e R$ 0,11 por litro de etanol. Isso poderia elevar o preço médio da gasolina de R$ 5,35 para R$ 5,69, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Petrobras: Novos rumos, novos preços
A política de preços da Petrobras também está sofrendo alterações significativas. Em maio, a estatal adotou uma nova política que se desvincula dos preços de paridade de importação.
Agora, os preços serão definidos de acordo com negociações com distribuidoras, usando o mercado internacional como referência, mas com um “filtro” para atenuar os impactos das flutuações externas.
ICMS: A terceira peça do quebra-cabeça
O ICMS, que é um imposto estadual, também desempenha um papel importante na formação do preço dos combustíveis. Em junho deste ano, o ICMS passou de uma alíquota percentual para um valor fixo de R$ 1,22 por litro de gasolina. Esta mudança é relevante, pois o ICMS anteriormente variável foi limitado a um teto de 18% por estado durante o governo de Jair Bolsonaro, e agora tornou-se um valor fixo.}
O impacto no bolso e na economia
O cenário é complexo, com múltiplos fatores contribuindo para a volatilidade dos preços dos combustíveis. Com o retorno dos impostos federais, a revisão da política de preços da Petrobras e as mudanças no ICMS, o consumidor precisa estar atento.
Estas alterações não apenas afetam o orçamento doméstico, mas também podem ter repercussões na economia em geral, incluindo possíveis impactos na inflação.
Como consumidores e cidadãos, é importante compreender os diversos elementos que compõem a estrutura de preços dos combustíveis e estar preparado para as mudanças que se avizinham.
