O investimento nos títulos negociados na plataforma do Tesouro Direto é bastante popular entre os investidores. Um dos motivos para isso é o fato de o sistema ser oferecido de forma simples e acessível pelo Governo Federal.
Contudo, antes de fazer seus aportes, é importante conhecer as características dos títulos públicos. Assim, você poderá avaliar se eles são adequados para a sua carteira e escolher as aplicações ideais, de acordo com os seus objetivos financeiros.
Se você planeja fazer um investimento no Tesouro Direto, continue a leitura e entenda como a plataforma funciona. Não perca!
O que é o Tesouro Direto?
Embora o conceito ainda gere dúvidas, o Tesouro Direto não é, de fato, um investimento. Na verdade, trata-se de um programa do Governo Federal que disponibiliza títulos públicos para investidores pessoas físicas.
A plataforma do Tesouro Direto foi lançada em 2002 em parceria com a bolsa de valores brasileira (B3) e tornou os títulos públicos acessíveis à população. Antes dessa data, apenas empresas poderiam investir no Tesouro Nacional.
Vale destacar que a plataforma do Tesouro Direto apresenta um conjunto de títulos com particularidades específicas. Cada um deles possui diferentes prazos e rentabilidades, servindo a objetivos diversos.
Como a plataforma funciona?
Agora você sabe o que é Tesouro Direto e pode entender como ele funciona. Na prática, investir em títulos públicos funciona como um empréstimo para o Governo Federal. O crédito obtido pode ser utilizado para financiar diversas ações, como pagar os custos com educação, saúde e infraestrutura.
Assim, uma das formas de obter recursos financeiros é pela venda de títulos públicos. O Governo garante, então, a devolução do dinheiro aportado pelos investidores acrescido dos juros combinados no vencimento do título.
Para o Governo Federal, essa é uma forma de financiar suas atividades, pagando juros mais baixos do que com empréstimos internacionais, por exemplo. O investimento também é interessante para os investidores, que têm a oportunidade de alocar capital em alternativas de baixo risco.
Isso porque o investimento em títulos públicos é considerado o mais seguro do mercado financeiro. Como o Governo é a instituição mais sólida do país, dificilmente deixaria de honrar suas dívidas.
Quais são os investimentos disponíveis no Tesouro Direto?
Como você viu, o Tesouro Direto é uma plataforma do Governo Federal e não se refere a apenas um investimento. Por se tratar de alternativas de renda fixa, a lógica de rentabilidade é conhecida no momento do aporte.
Ademais, cada aplicação possui características diferentes, que devem ser conhecidas para que o investidor possa fazer escolhas mais conscientes.
Conheça os principais investimentos disponíveis na plataforma do Tesouro Direto:
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um título pós-fixado cuja remuneração é de 100% da taxa básica de juros da economia brasileira — a Selic. Logo, a rentabilidade acompanha as movimentações do indicador.
O título vem se tornando popular entre os investidores, especialmente por ser visto como um substituto à poupança. Como vantagem, o Tesouro Selic oferece rendimentos maiores e rende diariamente, sempre nos dias úteis.
A aplicação também conta com liquidez diária. Embora tenha um prazo de vencimento, o dinheiro aportado pode ser resgatado a qualquer momento. No caso do Tesouro Selic, o resgate antecipado não traz riscos de perdas na rentabilidade ou em parte do que foi investido.
Tesouro IPCA
O Tesouro IPCA acompanha as movimentações da taxa de inflação IPCA — Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Contudo, a rentabilidade é considerada híbrida, pois há o acréscimo de uma taxa prefixada.
Logo, essa alternativa garante o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo. Existem diferentes títulos do Tesouro IPCA disponíveis na plataforma do Tesouro Direto. Eles podem ter taxas prefixadas diferentes, assim como data de vencimento e fluxo de pagamento distintos.
Como os prazos são diversos, o investidor pode escolher os títulos de acordo com os seus objetivos. Além disso, eles podem pagar juros semestrais. Nesse caso, as aplicações pagam, a cada seis meses, os juros correspondentes à quantia investida.
Depois, o dinheiro começa a render novamente, a partir do montante inicial. No Tesouro IPCA sem juros semestrais, o total rende até a data de vencimento ou de resgate antecipado.
Ele também tem liquidez diária. Entretanto, o resgate antecipado é feito considerando o preço de mercado na data, o que pode gerar perdas. Ou seja, a remuneração indicada só é garantida no vencimento.
Tesouro Prefixado
Por fim, o Tesouro Prefixado também pode oferecer taxas, prazos de vencimento e fluxo de pagamento diferentes. Em relação à rentabilidade, há uma taxa fixada previamente e o investidor pode calcular exatamente quanto receberá no vencimento.
Semelhante aos títulos que acompanham o IPCA, o investidor pode escolher entre o Tesouro Prefixado com e sem o pagamento de juros semestrais. Ele também possui liquidez diária, mas se expõe à marcação a mercado — o que pode trazer riscos de perdas no resgate antecipado.
Como investir nos títulos do Tesouro?
Após conhecer as características dos principais títulos disponíveis no Tesouro Direto, você pode se interessar em fazer o investimento. Para isso, existem alguns passos simples que você deve seguir.
Confira:
Defina seu perfil e objetivos
O primeiro passo para começar a investir é definir o seu perfil de investidor, que está relacionado à sua tolerância ao risco. Como os títulos públicos são considerados os investimentos mais seguros do mercado, eles podem ser adequados para todos os investidores.
Ainda assim, essa definição ajuda a ter uma alocação de recursos mais estratégica. A depender do seu perfil, os títulos do Tesouro podem representar uma porcentagem maior ou menor da carteira de investimentos.
Além disso, seus objetivos financeiros ajudam a guiar as escolhas. Se você busca alocar sua reserva de emergência, por exemplo, o Tesouro Selic pode ser mais adequado, já que evita perdas no resgate antecipado.
Por outro lado, se a ideia é investir com foco na aposentadoria, o Tesouro IPCA pode ser mais atrativo porque ajuda a proteger o poder de compra contra os efeitos da inflação.
Faça o cadastro na plataforma do Tesouro Direto
Para fazer seus investimentos em títulos do Tesouro, é preciso fazer o cadastro para liberar o acesso. O processo é simples e pode ser realizado por meio da sua corretora de valores. Dessa forma, você só precisará confirmar os dados e concluir o cadastro para acessar o portal do investidor.
Busque apoio profissional
Para compor uma carteira de investimentos sólida e alinhada às suas expectativas e necessidades, é interessante buscar um escritório de assessoria de investimentos. Assim, os assessores poderão tirar dúvidas e ajudá-lo a conhecer outras alternativas para compor um portfólio diversificado.
Com essas informações, você pode fazer seu investimento na plataforma do Tesouro Direto com mais facilidade. Vale ressaltar que não é preciso escolher apenas um título ao investir — você pode distribuir seu capital em diferentes aplicações, de acordo com os seus objetivos.
Ainda restaram dúvidas sobre o assunto? Entre em contato com o time da Atrio Invest no formulário e solucione suas questões para investir com mais segurança!