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Marcação a mercado vs marcação na curva: entenda cada um deles

No mundo dos investimentos, quem tem maior aversão aos riscos costuma priorizar os títulos da renda fixa. Isso porque essas alternativas têm uma previsibilidade maior quanto aos ganhos, o que contribui para diminuir as chances de perda. Mas isso não significa que elas não existam.

Se você quer mitigar a possibilidade de realizar prejuízos ao investir em renda fixa, é fundamental entender o conceito e funcionamento da marcação a mercado e marcação na curva. Ambos guardam relação com o preço dos investimentos ao longo do tempo.

Neste conteúdo, você entenderá o que é marcação a mercado e marcação na curva, como elas funcionam e em quais investimentos elas são aplicadas.

Não perca!

O que é e como funciona a marcação a mercado?

Os investimentos de renda fixa são caracterizados por terem a sua lógica de rentabilidade conhecida antes da realização do aporte. Com isso, você consegue calcular ou estimar qual será o seu ganho financeiro ao investir em determinada aplicação.

Entretanto, o retorno prometido costuma estar vinculado ao prazo de vencimento do investimento. Isto é, você somente receberá os juros combinados se mantiver a aplicação até a data de vencimento previamente definida.

Contudo, o investidor pode precisar resgatar o dinheiro investido antes do prazo acertado. Para esse cenário, é necessário atualizar o valor do título adquirido, o que é feito diariamente por meio da chamada marcação a mercado ou MaM.

O seu funcionamento está ligado às expectativas ou resultados definidos pelo mercado. A proposta é estipular o quanto o título valeria se fosse negociado naquele dia. Entre os fatores avaliados, estão aqueles relacionados ao contexto econômico (como taxa Selic e inflação).

Um título prefixado tende a ser negativamente afetado pela MaM se a Selic aumentar, por exemplo, já que as novas aplicações tendem a apresentar taxas maiores para atrair investidores. Por outro lado, se a Selic cair, os títulos já emitidos podem se tornar mais atrativos.

Logo, também são considerados os novos títulos emitidos no mercado e o interesse de investidores nas alternativas já emitidas (oferta e demanda).

O que é e como funciona a marcação na curva?

Por sua vez, a marcação na curva é um método para acompanhar os diários proporcionais em um investimento de renda fixa. Logo, diferente da marcação a mercado, ela tem a função de mostrar ao investidor o desempenho diário da aplicação realizada.

Nesse sentido, ela não apresenta eventuais perdas diante da oscilação do valor do investimento ao longo do tempo. Na realidade, o seu cálculo é feito com base na remuneração ou taxa de juros (geralmente anual) acordada quando o investimento é realizado.

Por exemplo, se um investimento tem uma taxa de juros de 12% ao ano, esse percentual será convertido em uma taxa diária. Na sequência, o montante calculado é adicionado diariamente ao valor do investimento até o seu vencimento.

Como nos investimentos de renda fixa são usados os juros compostos, não basta dividir os 12% por 365 dias para obter a taxa diária. Caso você queira fazer o cálculo, precisará aprender a fórmula de juros compostos ou utilizar uma calculadora específica para isso.

Quais ativos são precificados pela marcação a mercado e pela curva?

Depois de aprender o que são e como funcionam a marcação a mercado e marcação na curva, você pode querer saber quais ativos são precificados por ela.

Como você viu, ambas as marcações costumam ser aplicadas em diversos tipos de investimentos — especialmente de renda fixa, nos resgates antes do vencimento. Por exemplo:

  • Títulos do Tesouro Direto;
  • CDBs (certificados de depósito bancário);
  • LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio);
  • CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio);
  • Debêntures;
  • Entre outros.

Entretanto, até 2002, os fundos de investimento poderiam utilizar a marcação na curva para computar a sua rentabilidade. Contudo, havia investidores que realizavam resgates antecipados quando a cota valorizava, realizando lucros.

Essa prática costumava gerar prejuízos para os demais cotistas que ficassem com as suas cotas até o vencimento.

Portanto, atualmente, a marcação na curva somente pode ser utilizada por fundos que comprovarem ter capacidade de manter a rentabilidade oferecida até o vencimento. Caso contrário, deve ser usada a marcação a mercado.

Por que o investidor precisa conhecer esses mecanismos?

Chegando até aqui, você ainda pode estar se perguntando o porquê o investidor precisa conhecer esses mecanismos. Como você viu, compreender a marcação a mercado e a marcação na curva pode mitigar as chances de você se deparar com prejuízos.

Ao consultar a marcação a mercado, você saberá se a venda do título em um determinado dia faz sentido ou se é válido aguardar um momento posterior. Quem não faz esse tipo de leitura pode se desfazer de um investimento no momento errado e realizar perdas financeiras.

Já a marcação na curva é capaz de revelar se o desempenho do investimento está gerando o resultado esperado. A depender do cenário, pode ser interessante verificar se existe outra alternativa que possa apresentar um retorno maior e até considerar a substituição dela.

O fato é que a marcação a mercado e a marcação na curva se complementam. Afinal, por meio da leitura de ambas fica mais fácil identificar quando um título teve ágio (valorizou) ou deságio (desvalorizou), considerando a curva da sua rentabilidade diária.

Inclusive, essas informações podem ser verificadas em forma de gráficos, facilitando a sua visualização. Porém, para que você não tenha dúvidas ou faça uma análise equivocada a respeito de um investimento, é importante contar com o suporte qualificado.

O assessor de investimento pode ser o profissional adequado para esclarecer o cálculo e o funcionamento dos investimentos em que esses conceitos podem ser aplicados. Nesse sentido, a Atrio Investimentos possui assessores com ampla expertise sobre o mercado que podem ajudá-lo a investir melhor.

Conclusão

Neste artigo, você viu como a marcação a mercado e a marcação na curva podem ser úteis no momento de investir. Então não deixe de considerá-las, sobretudo quando for aplicar ou se desfazer de um investimento de renda fixa.

Quer contatar um membro da nossa equipe de assessores de investimentos para tratar sobre esses mecanismos? Solicite o suporte em nosso site!

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